Saúde Geral

Câncer

Câncer- Entenda o diagnóstico!

Muitas pessoas têm o diagnóstico de câncer, mas não entendem muito bem o significado desse diagnóstico. Ser informado sobre o diagnóstico de câncer certamente não é uma experiência fácil.  O próprio nome da doença deixa qualquer pessoa abalada psicologicamente. É exatamente nesse contexto que o paciente recebe uma série de informações sobre a doença, com nomes complicados, com linguagem difícil e que, muitas vezes, embaralha ainda mais o entendimento da doença. Nessa situação é importante que o paciente ou alguém da família, que esteja calmo e tranquilo, converse com o médico e esclareça alguns pontos sobre o diagnóstico.

Tipos de Câncer

O primeiro ponto é saber o nome da doença.O primeiro ponto é saber o nome da doença. Muitos exames complementares como ultrassom, tomografia, ressonância magnética, exames de sangue, na maioria das vezes, sugerem o diagnóstico, mas o diagnóstico mesmo é feito em quase todas as vezes por uma biópsia (a retirada de parte ou todo do tumor), e pelo Anátomo Patológico, que é a análise que o médico patologista fará desse material ressecado. Como exemplo pode-se citar a biópsia de mama, biópsia de próstata, de tireoide, ou a retirada de um tumor de qualquer órgão ou tecido do corpo.

Em ambos os casos, o material retirado é enviado ao médico Patologista que irá avaliar esse tecido no microscópio e dará a ele um nome que será o diagnóstico. A partir desse momento as medidas necessárias serão tomadas: a retirada do órgão ou parte dele, ou um tratamento quimioterápico, ou até nada mais será feito. Tudo dependerá desse diagnóstico.

Diagnósticos

Muitas vezes o patologista necessitará de técnicas adicionais mais sofisticadas para um diagnóstico final. Parece fácil fazer um diagnóstico, mas muitas vezes é muito difícil e requer técnicas especiais para que se chegue a um diagnóstico correto.

Ao final dessa avaliação o patologista irá descrever em um laudo todas as características que viu. Isso inclui o nome da doença e muitos outras informações que podem ser úteis no entendimento da doença.

O problema é que tanto o nome quanto todas essas informações que o patologista escreve tem nomes complicados como, por exemplo, Adenocarcinoma, Carcinoma Espinocelular, Lipossarcoma, Invasão microvascular, dentre outras. As pessoas, de uma maneira geral, não entendem muito bem esses detalhes, os quais são importantes para prever o comportamento da doença ou, em palavra mais técnica, o prognóstico da doença.

Portanto, quando alguém pergunta ao médico o nome da sua doença, não basta saber esse nome complicado, mas sim todos os detalhes que são importantes para que a melhor tomada de decisão ocorra. É preciso perguntar ao médico o significado disso e, nesse sentido, existem algumas informações a serem reforçadas:

O órgão de origem

Um câncer de mama é diferente de um câncer de próstata, o qual é diferente do câncer de tireoide ou de pulmão. Além disso, os tumores do mesmo órgão também são tratados e se comportam diferentemente entre si. Enfim, os cânceres nos mesmos órgãos ou em órgãos diferentes tem o mesmo nome, mas são doenças completamente distintas.

A agressividade

Tumores pouco agressivos normalmente crescem lentamente e localmente. Isso é muito diferente de tumores agressivos, que são aqueles que crescem rapidamente no local ou têm a capacidade de se espalhar pelo corpo, o que é chamado de desenvolvimento de metástases. Para se dar um exemplo de como isso é importante, existem tumores de próstata pouco agressivos que não devem ser tratados imediatamente, pois como têm um comportamento indolente, crescem devagar e tem muito baixa chance de se disseminarem ou metastatizarem, e não irão diminuir nem o tempo nem a qualidade de vida do homem. Por outro lado, existem tumores mais agressivos que devem ser tratados por cirurgia, radioterapia, etc.

Extensão da doença

A informação sobre a extensão da doença é dada por exames complementares. Para cada tumor existem exames específicos a serem solicitados.

O objetivo disso é saber se o Câncer está dentro do órgão de origem, se ele já saiu do órgão, mas está nas proximidades ou se ele espalhou pelo corpo através de metástases. Essa informação tem relação direta com as opções de tratamento, sintomas e chances de cura e, por isso, é fundamental que se conheça.

Portanto, existem muitas variáveis que definem a doença e é por isso que não se deve comparar situações de pessoas diferentes. Muito provavelmente pessoas diferentes terão situações diferentes. O mais importante é entender o diagnóstico de cada um.

Sabendo o nome da doença, o seu grau de agressividade e a sua extensão, se terá uma noção sobre como ela irá se comportar, qual o melhor tratamento, quais são as chances de cura, e dará a perspectiva do que cada um deverá enfrentar no futuro. A partir disso o paciente poderá participar de forma mais consciente e tranquila do processo de decisão, que é a definição do seu tratamento.

A Organização Mundial da Saúde prevê para 2030 uma incidência de 27 milhões de casos de câncer anualmente e 17 milhões de mortes.

Muitos tumores podem ser evitados, adotando-se um estilo de vida saudável como, por exemplo, evitar o hábito de fumar.

O diagnóstico precoce é um aliado poderoso, aumentando enormemente as possibilidades de cura. Por isso deve-se estar atento aos primeiros sinais e sintomas, alguns muito simples como o autoexame da mama e a visita anual ao ginecologista.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostra que os tumores mais incidentes no Brasil (estimativas para 2018) são o de próstata nos homens e mama nas mulheres, seguidos pelo câncer de pulmão, intestino e colo uterino.

O câncer de próstata atinge 1 em cada 6 homens. A história familiar aumenta essa incidência e, por isso, recomenda-se que homens com essas características visitem seu urologista por volta dos 40 anos para um exame inicial.

O câncer de mama atinge uma em cada oito mulheres na população geral. Aquelas mulheres que têm história familiar de câncer de mama ou de ovário na família devem ter sua atenção redobrada, pois esse fato pode caracterizar um câncer de natureza hereditária, que ocorre mais precocemente.

Assista no vídeo a seguir a explicação de nosso especialista!

Dra. Katia Leite

Patologista CRM: 51442

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