Apneia do Sono é um distúrbio do sono em que a pessoa deixa de respirar por pelo menos dez segundos diversas vezes durante a noite.
Por definição, considera-se que uma pessoa tenha Apneia Obstrutiva do Sono quando em um intervalo de uma hora que ela estiver dormindo existirem cinco momentos em que deixa de respirar por no mínimo dez segundos.
Esse é um problema muito mais comum do que as pessoas imaginam. Estima-se que no Brasil uma em cada três pessoas tenha esse problema. Apesar de ser muito frequente e poder causar uma série de problemas graves, essa doença muitas vezes não é percebida, diagnosticada e tratada corretamente.
Inicialmente deve-se reparar nos sintomas durante o sono:
Uma pessoa com esse problema acaba dormindo muito mal e por isso não tem um sono reparador, ou seja, não descansa como deveria descansar.
O resultado disso é que ela pode começar a apresentar os sintomas decorrentes dessa cansaço que são:
A apneia obstrutiva do sono, que é a mais comum, ocorre por uma obstrução da entrada do ar para os pulmões. O principal responsável por essa obstrução é o relaxamento dos músculos da garganta. Outros fatores que podem interferir nesse processo são:
Entendido os sintomas e as causas desse problema, existem mais três aspectos que merecem ser destacados:
O diagnóstico da apneia do sono é feito através de um exame chamado polissonografia, que é realizada à noite em um laboratório de sono sob a supervisão de um técnico. O paciente deve dormir com sensores fixados no corpo que permitem o registro da passagem do ar pelo nariz e boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados. Os sensores são fixados de maneira a permitir ao paciente movimentar-se durante o exame, não atrapalhando assim o sono. Em casos selecionados o exame pode ser realizado no próprio domicílio do paciente através de aparelhos portáteis.
Além dos que foram mencionados: cansaço, déficit de atenção, problemas com memória, quem tem apneia do sono tem maior risco de ter problemas cardiovasculares, como pressão alta que necessita de vários medicamentos, infarto e arritmias cardíacas. Aumenta o risco de ter diabetes tipo 2, colesterol aumentado, e acidentes de trânsito, e está relacionada a alterações da tireoide também.
É difícil falar em cura da Apneia. Prefere-se falar em controle da doença, o que na prática significa tratamento com cirurgias, fonoterapia, aparelhos de avanço da mandíbula ou Cpap, com consequente redução dos sintomas e melhora na qualidade de vida.
Por tudo o que foi mencionado, torna-se claro a importância dessa doença. Se algum dos sintomas descritos estiver presente, deve-se ficar atento e não deixar de procurar um médico, no caso um Otorrinolaringologista ou Médico do Sono.