Herpes labial
Herpes Labial: Como se pega o vírus?
O Herpes na boca é causado por um vírus chamado Herpes vírus. Existem dois tipos desse vírus: o tipo I, que é associado às infecções de boca e cavidade oral, e o tipo II que é relacionado às infecções genitais.
A primeira infecção pelo herpes vírus geralmente ocorre na infância ou adolescência. O vírus é extremamente comum na população, e este contágio pode ocorrer por beijo, relação sexual, contato manual sem higiene ou mesmo compartilhamento de objetos como escova de dente, batom, talheres, copos, canudos, etc.
De 7 a 10 dias após esse contato com o vírus começam a surgir os sintomas. Normalmente são vesículas disseminadas por toda a cavidade oral, e podem estar associadas à dor no pescoço e ao aparecimento de gânglios, dor de cabeça e dificuldade para engolir.
Geralmente esses sintomas se resolvem em 10 a 14 dias, sem necessidade de tratamentos específicos. Porém, o vírus da herpes não é eliminado do corpo. Um terço das pessoas que tiveram esta primeira infecção por herpes, podem desenvolver o herpes labial recidivante. Entende-se por recidiva os quadros que acontecem, melhora, e tempos depois volta a ocorrer novamente.
Essa infecção do herpes labial se caracteriza por 5 fases:
- Formigamento ou coceira no local;
2. Aparecimento de bolhas ou vesículas;
3. Ruptura das vesículas e aparecimento de ulceras;
4. Inicio do aparecimento de crostas claras, que provocam dor e ardência;
5. Aparecimento de crostas escuras, cicatrização e final da infecção.
Fase 2
Fase 3
Fase 4
Fase 5
É importante reconhecer a evolução da doença e estas fases, pois o tratamento deve ser instituído nas duas fases iniciais, que são a de formigamento e a de vesículas íntegras.
O objetivo do tratamento não é a cura da doença, mas sim o encurtamento da doença e a diminuição da intensidade dos sintomas. O tratamento também ajuda a evitar a disseminação para outros órgãos, e a diminuir o risco de infecções bacterianas secundárias.
Um aspecto importante que deve ser ressaltado é que as recidivas de herpes estão relacionadas ao estado imunológico do paciente. É comum o aparecimento de lesões após quadros infecciosos, gripe, resfriado, depois de muita exposição ao sol, nos períodos de estresse emocional e no período menstrual. Outro fator que também pode levar às recidivas é trauma local.
Quando se fala em imunidade, é importante ressaltar que existem alguns pacientes que já têm a imunidade comprometida, como portadores do vírus HIV, pacientes em quimioterapia, ou pacientes com câncer que ainda não iniciaram o tratamento. Nesses pacientes o tratamento precoce é importante para evitar a disseminação para outros órgãos, como fígado, pulmão e cérebro. Por isso esses pacientes merecem muita atenção.
O herpes vírus é um problema muito comum na população. Existem estimativas de até 90% de prevalência nas pessoas. Porém, grande parte dessas pessoas não apresenta sintomas e não apresenta infecção ativa. Com esse número enorme de pessoas com esse problema, existe muita informação na internet que não é verídica. Muitas dessas informações são erradas, e só atrapalham o andamento da doença.
A infecção por herpes não tem cura. O vírus continua latente em estruturas nervosas da face. O objetivo do tratamento primordialmente é a diminuição do tempo de sintomas. Não adianta romper as bolhas, colocar gelo ou calor nas feridas. Isso não irá alterar o curso da doença.
O uso de protetor solar ou de maquiagem sobre as lesões também não irá afetar o curso da doença, mas é importante a pessoa se conscientizar que mesmo com maquiagem, no contato ela pode transmitir a doença. Na presença dos sintomas mencionados, é importante procurar a orientação médica. Os médicos mais indicados para tratar e orientar sobre Herpes na boca são o Otorrinolaringologista e o Dermatologista.