Trombose
A primeira informação que se deve ter sobre a suspeita de trombose nas pernas são os sintomas, Quatro desses sintomas são:
- Inchaço nas pernas: A perna acometida pela trombose fica inchada e muitas vezes mais quente. É importante esclarecer que existe uma série de doenças sistêmicas que são muito comuns e que causam inchaço nas pernas, como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, problemas de tireoide, etc. Nesses casos de doença sistêmica o inchaço ocorre nas duas pernas ao mesmo tempo. É muito raro ocorrer trombose nas duas pernas ao mesmo tempo. Por isso, deve-se principalmente suspeitar de trombose quando os sintomas ocorrerem em apenas uma perna.
- Cor da perna e pé: Com a evolução da trombose a pele pode ficar endurecida, fica difícil de beliscar, e de cor vermelho escura ou avermelhada.
- Sintomas como febre, calafrios, corte na perna ou alguma bolha: essas características sugerem um processo infeccioso da pele chamado Erisipela e que confunde com Por isso é importante reparar.
É importante saber que esses são os sintomas mais comuns, mas grande parte das pessoas, principalmente nas fases iniciais do problema, não sente nada.
Trombose Venosa Profunda ou TVP
Uma vez entendido os
Se o coágulo ou trombo obstruir uma artéria, que é o vaso que leva o sangue do coração para o resto do corpo, diz-se que é uma trombose arterial e os sintomas são dores intensa, palidez da perna e diminuição da temperatura.
Quando ocorre na veia, que é o vaso que leva o sangue de volta para o coração, diz-se que a trombose é venosa, que é a mais comum e a de que está sendo tratada aqui. Isso pode ocorrer em uma veia próxima à pele e nesse caso é denominada Tromboflebite e os sintomas são dor, vermelhidão e endurecimento de uma veia próxima da pele. Mas também pode ocorrer em uma veia mais no meio da perna, o que é chamado de trombose profunda.
A trombose venosa profunda é
Entendido isso, existem mais três informações importantes:
- Fatores que podem aumentar o risco de ter trombose: As principais causas estão relacionadas à imobilidade prolongada que acontece frequentemente em viagens de avião ou mesmo de ônibus, em que a pessoa fica apertada horas em horas sem se mexer. Da mesma forma, pessoas que ficam internadas no hospital, por alguma doença ou porque acabaram de operar, têm risco muito mais elevado.
Além disso, existem outros fatores como:
- Gravidez e obesidade, por dificultarem o retorno do sangue que foi para a perna, de volta para o coração;
- Fatores genéticos: existem pessoas que têm predisposição a ter trombose;
- Desidratação;
- Cigarro;
- Varizes nas pernas;
- Uso de anticoncepcional e terapias de reposição hormonal.
- O segundo aspecto tem relação com sinais de gravidade, o que na medicina é chamado de sinais de alerta:
Trombose nas pernas e falta de ar súbita: se surgirem os sintomas mencionados de trombose ou os fatores de risco citados, e de repente surgir muita falta de ar, isso pode ser embolia pulmonar. O coágulo que está na perna pode se soltar e ir pela corrente sanguínea em direção aos pulmões. Quando chega lá esse coágulo pode entupir vários pequenos vasos no pulmão, prejudicando a oxigenação do sangue. Isso é denominado Trombo Embolismo Pulmonar ou TEP, um problema grave que pode levar à morte. Portanto deve-se procurar imediatamente o Pronto Socorro.
Se o coágulo não se desprender e continuar bloqueando as veias da perna ele pode causar, além dos sintomas mencionados, complicações tardias como inchaço crônico e feridas na perna.
Tudo isso é grave e muito mais comum do que se imagina. Para se ter uma ideia, nos EUA todo ano ocorrem quase 1 milhão de casos de trombose ou embolia, e 1/3 desses não sobrevivem. Dos sobreviventes, mais de 25%, ou seja 1 em cada 4 pacientes com trombose, desenvolvem essas complicações mencionadas nas pernas.
- O terceiro e último aspecto é que a trombose nas pernas tem tratamento com altas taxas de sucesso, e na maioria das vezes pode ser evitada, ou seja existe prevenção.
Por tudo isso se uma pessoa tiver os sintomas mencionados ou fizer parte de um grupo de risco, deve procurar um médico, no caso um Cirurgião Vascular.